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NOTA da Diocese de Palmeira dos Indios sobre a morte de um sacerdote

Nota a respeito da morte do padre Ivanílton de Assis

A diocese de Palmeira dos Índios (AL), emitiu nota, na última quarta-feira 11, lamentando o falecimento do padre Ivanílton de Assis, que teria cometido suicídio na última terça-feira, 10. O documento ressalta os serviços prestados pelo padre à Igreja e as dificuldades enfrentadas pelo mesmo, inclusive problema psiquiátrico, em seu cotidiano.

O padre Ivanilton tinha 35 anos e era conhecido na região como padre Tito. Ele foi responsável pela paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Pariconha (AL). O corpo foi encontrado na tarde desta terça-feira, 10, e as primeiras investigações, da polícia especializada, trabalha com o caso de suicídio.

O pai do religioso, Eraldo Feliciano, afirmou que o filho estava “inquieto e com sintomas de depressão”. Feliciano afirmou que seu filho era submetido a tratamento psicológico, após um acidente de carro.

Abaixo, a NOTA, na íntegra:

Com profundo pesar e extrema dor, o Bispo, os presbíteros e os fieis da Diocese de Palmeira dos Índios receberam a trágica notícia do falecimento do Pe. Ivanílton de Assis, do clero desta Igreja particular, ocorrida ontem na sé episcopal. Nesse momento tão doloroso e difícil para todos nós, a inominável desolação que invade os corações dos familiares do falecido, por uma perda tão grande, é também sentida em todas as paróquias da Diocese, onde nossos pastores são muito amados e respeitados.

Ordenado sacerdote no dia 30 de novembro de 2005, o Pe. Ivanílton de Assis exerceu o ministério presbiteral somente em nossa Diocese, mais precisamente no alto sertão: primeiro, como Vigário Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Água Branca; depois, como pastor da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, em Pariconha. É nosso imperioso dever tributar graças a Deus pelo dom do sacerdócio ministerial do Pe. Ivanílton, por meio do qual, nesses quatro anos de presbiterato, muitos homens e mulheres foram batizados, muitos pecadores foram perdoados, muitos corações foram acalentados, muitos enfermos foram consolados, muitas almas foram alimentadas pela Palavra de Deus e pela Santíssima Eucaristia.

As dificuldades enfrentadas nos últimos meses de sua vida, por razões diversas, não foram poucas. Vitimado por um acidente automobilístico, o Pe. Ivanílton passou a apresentar um distúrbio psicológico grave, incompatível com o exercício do sacerdócio ministerial. Urgido pela expressa e inadiável recomendação, contida no laudo assinado por uma competente psiquiatra, que aconselhava o imediato afastamento do Pe. Ivanílton do exercício do sacerdócio, o Bispo diocesano, para o bem dos fiéis e a preservação da integridade física, mental e moral do sacerdote, mediante Decreto canônico, afastou-o temporariamente do pastoreio da paróquia do Sagrado Coração de Jesus, em Pariconha, sem a privação do uso da ordem sagrada, com o intuito de submeter o presbítero ao devido tratamento. Enquanto permaneceu no seio de sua família, não lhe faltaram a dedicada atenção dos seus parentes e a constante e efetiva ajuda do Bispo diocesano, que foi um verdadeiro pai solícito, paciente e amável.

Ao Deus da vida, entregamos com confiança a alma do Pe. Ivanílton, suplicando-lhe que, pelos merecimentos da paixão, morte, ressurreição e ascensão do seu Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador, e pela comunhão do Santo Espírito, aquele que aqui na terra caminhou e viveu pela fé agora contemple a beleza infinita de Deus, na pátria celeste, onde o próprio Senhor enxugará toda lágrima dos olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição (Ap 21, 4).

Disse o Senhor: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá (Jo 11, 25-26). Descanse em paz, Pe. Ivanílton!

Palmeira dos Índios, 11 de novembro de 2009.

ARTIGO: A universidade e o micro-vestido







   Pe. Zezinho, scj


Como não poderia deixar de ser, sobrou para os católicos o conflito começado pela jovem Geisy Arruda, 20 anos, com a sua Universidade. Não sei como a London, a Upckins e a Berkeley tratariam do caso, mas sei que o problema era com ela e a comunidade Uniban de Santo André. Estudei nos Estados Unidos e sei que lá as universidades reagem a provocações de cunho social ou moral. Quebra de decoro vai contra os estatutos. Quem estuda lá tem um compromisso. A Universidade que suspendeu seis a oito alunos por causa do tumulto, expulsou-a. Entende que ela causou conscientemente aquela reação. Os alunos se dividiram entre apoiadores e apupadores.
Mas alguns provedores na Internet, entre eles o Google News, deram um jeito de falar do país da tanga e da quase nudez nas praias e da nossa maioria católica. De repente, sobrou para nós católicos, como se nos países evangélicos ou pentecostais tais comportamentos fossem tolerados. Mesmo que Geisy fosse de comunhão diária, os católicos não têm absolutamente culpa alguma no que aconteceu naquele recinto sagrado de cultura e de conhecimento. A Igreja Católica não é a favor da expulsão de uma estudante que errou ao trazer à cena de maneira negativa numa instituição digna de crédito, mas também não é a favor de Geisy Arruda, que admite ter errado ao passar dos limites daquela casa.
Já que fomos citados, opinemos sobre o que houve naquela universidade e o que pensam os católicos. Não é preciso nem que os bispos, nem o Papa se pronunciem. Qualquer católico que foi ordenado para ensinar a doutrina sabe a resposta. Micro-vestidos mais as formas da mulher. Sabemos o que isso causaria numa comunidade muçulmana. Sabemos dos limites até nas mais tolerantes instituições do Ocidente. A depender do local e do ambiente, a mulher que quase se despe, exceto nas passarelas, sabe muito bem o que causa. Temos uma cultura cristã e muitas igrejas, não apenas a católica, desaprovam a excessiva exposição do corpo humano de ambos, homem e mulher. Um homem que desfilasse de calças excessivamente reveladoras receberia a mesma desaprovação.
Talvez devamos, todas as igrejas, desenvolver uma catequese do corpo e do seu uso. Ela anda esquecida. Vende-se e expõe-se o corpo com enorme facilidade como se ele fosse um produto dissociado da pessoa. Ele seria um objeto e a pessoa o sujeito que o usa, vende, ou aluga. Nada mais errado! Para a grande maioria das religiões a pessoa humana é sagrada e o corpo não é apenas um adendo. É sagrado porque a pessoa é sagrada. Creu-se que Deus criou o ser humano, então o ser humano prestará contas a ele do que faz no e com o seu corpo. Se o usa para ganhar dinheiro, provocar ou desafiar, a instituição provocada tem o direito de reagir. Como reagirá, já são outros quinhentos, mas ficar impassível, ela não pode. Universidade não é passarela. Há lugares outros para quem quer revelar o corpo ou provocar pessoas. Não é preciso ser crente em Deus para saber que há limites para um traje. Cristão, muçulmano, judeu ou ateu, quem pensa sabe que há limites para a convivência. Não se faz o que se quer numa comunidade.
Já que lá fora falaram dos católicos e da nossa cultura, pois, então, saibam todos que de uma católica, e não sabemos se Geisy o é, espera-se que se porte e saiba o que vestir numa universidade ou numa igreja. A Igreja tem, sim o direito e o dever de orientar. A Universidade tem , sim o direito de reagir e censurar. Não é necessário expulsar. Mas a moça deve ser chamada às falas. Se ela fez o que quis e para alguns até virou heroína e vítima, a Universidade também se sentiu vítima. Alguém desafiou suas leis. O protocolo do Palácio do Planalto teria o que dizer, se uma funcionária se vestisse daquela forma.
Estive em Aparecida no domingo, dia 8 de novembro. Entre os fiéis que me reconheceram e vieram pedir a minha bênção estavam duas moças de mini-vestido. Fiz uso do momento para oferecer a elas uma catequese de padre católico. Perguntei, sem ofendê-las, se tinham trazido no ônibus alguma calça comprida e uma blusa mais longa para participarem da missa. Uma delas baixou os olhos, pediu desculpas e disse que sim. Perguntei se, com a minha bênção, eu poderia pedir que não usassem aquela roupa lá no templo. Concordaram sem conflito. Tornei a vê-las no mesmo lugar onde estava meu carro. Estavam de calça comprida. Toquei-lhes o nariz como fazem os idosos meio tio velho e meio avô e disse:
- Assim, sim!
Não foi preciso expulsá-las de Aparecida... Imagino que alguém da Uniban tenha feito o mesmo. Se fez, erro da moça. Se não fez, erro da Uniban.

DOCUMENTO: Anglicanorum Coetibus - Bento XVI

Leia a Constituição apostólica Anglicanorum Coetibus, sobre a instituição de ordinariados pessoais para os anglicanos que entram em plena comunhão com a Igreja Católica, no blog Graça e Paz.

CARTA DO 28° ENCONTRO DE PRESBITEROS DO REGIONAL SUL 3 CNBB


No ano em que a mãe Igreja nos convidou para celebrar o ano sacerdotal, preparando-nos para celebrar os cem anos da Arquidiocese de Porto Alegre (RS), das Dioceses de Santa Maria, de Pelotas e de Uruguaiana, nós, presbíteros do Regional Sul 3, nos reunimos em São Leopoldo, no CECREI, para:

1) Preparar o 13° Encontro Nacional de Presbíteros que vai acontecer de 03 a 09 de fevereiro de 2010, em Itaici – Indaiatuba, SP. Após estudo do subsidio: “Encontro Nacional de Presbíteros, 25 anos celebrando e fortalecendo a comunhão presbiteral” feita nas dioceses, procuramos aprofundar a reflexão.

2) Continuar a reflexão para discernir a identidade do presbítero no mundo em constante crise estrutural e em busca de “novidades”. O presbítero é um ministro ordenado, que anima os ministérios na comunidade eclesial e na caminhada do Povo de Deus.

3) Construir a vida de comunhão e participação no presbitério. No mundo fragmentado, onde a vida está fragilizada, somos chamados, a partir do plano divino, a ser testemunhas de comunhão em nossa Igreja, Povo de Deus.

4) Dar continuidade ao trabalho de promover esperança, de lançar valores no chão da vida. Olhando para a caminhada de nossa diocese, percebemos que foram semeadas a fé, a luta pela justiça, a organização de entidades em defesa da vida, despertando presbíteros, diáconos, ministros, catequistas e tantas outra lideranças. Olhando para o futuro vemos uma luz que ilumina o horizonte e faz com que a vida seja cheia de sentido.

5) Cooperar na construção da sociedade sendo presença além dos ambientes religiosos. Reconhecendo que tantas instituições contribuem para que a vida seja possível, nós presbíteros, como corresponsáveis pela dimensão religiosa, queremos ajudar a todas as pessoas a viver a sua fé em busca de mais vida, mais justiça, mais fraternidade.

6) Comprometemo-nos a levar adiante:
- A formação permanente;
- O compromisso com a Igreja irmã de Moçambique;
- O método de “formação na praça”;
- O curso de Renovação Presbiteral do Regional;
- O retiro do clero de 2010, de 25 a 27 de maio, com o Frei Raniero Cantalamessa;
- O 29° Encontro Regional de Presbíteros de 08 a 11 de novembro de 2010.

Ao concluir o nosso encontro assumimos a oração de Jesus: “Eu me consagro por eles” (Jo 17,19a). Abraçando a “Missão Continental”, renovamos nossa disposição de continuar servindo a este povo do Rio Grande do Sul, do Brasil, da América Latina e do mundo inteiro, assim como tantos irmãos nosso o fizeram para que todos tenham vida e a tenham em abundância.

Pedimos a Nossa Senhora Medianeira, Mãe dos Presbíteros, que assim como acompanhou Jesus e os Apóstolos proteja nossa missão.

São Leopoldo, 05 de novembro de 2009.

ORAÇÃO: OFERECIMENTO DA MISSÃO




Jesus Mestre,
Eu vos ofereço a minha missão
com as mesmas intenções
com que pregastes o Evangelho.
Seja tudo, só e sempre,
para a glória de Deus e a paz das pessoas.
Jesus Verdade,
que todas as pessoas vos conheçam!
Jesus Caminho,
que as pessoas sigam vossas pegadas!
Jesus Vida,
que todos vivam em vós!
Jesus Mestre,
inspirai-me com a vossa sabedoria
para que eu possa transmitir palavras de salvação.
Que meus pensamentos
se inspirem no Evangelho,
e se tornem fontes de vossa luz
a iluminar as pessoas, nossos irmãos.
São Paulo, guiai-me!
Maria, Mãe e Rainha dos Apóstolos,
que destes ao mundo o Verbo encarnado
abençoai esta minha missão. Amém.

(Bv. Padre Tiago Alberione, fundador da Família Paulina,
na qual também há o Instituto Jesus Sacerdote para sacerdotes do clero
diocesano que vivem o carisma paulino)

INFORMAÇÃO: Campanha da Fraternidade 2010 – Ecumênica


Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro (Mt 6,24). Com esta frase em destaque, a Campanha da Fraternidade representa o desafio de uma escolha cotidiana em nossa vida.


Este é o cartaz. A imagem, com o fundo escuro, evoca a penumbra de um templo onde, no recolhimento da oração, as mãos em atitude de súplica diante de uma vela feita não de cera, mas de dinheiro, revelam o drama do ser humano que precisa de bens materiais para satisfazer suas necessidades, mas que pode também se tornar escravo da ganância. Aquelas mãos suplicantes dirigem uma prece a Deus, ou ao Dinheiro como se fosse Deus? É a luz de Deus que ilumina ou é o cintilar do ouro que atrai?

O dinheiro é necessário no mundo dominado pelo mercado, onde tudo se compra e se vende. Precisa-se de dinheiro para comprar alimentos, roupa, para cuidar da saúde, para pagar o colégio, para adquirir a moradia e custear o lazer.

O cintilar do ouro e das moedas, porém, se mistura facilmente com a ambição e o desamor. Você pode se tornar escravo dos bens materiais e depositar neles a sua segurança. Você pode viver acumulando dinheiro e propriedades como se deles dependesse a sua vida. Você não pensa que seus bens podem ser supérfluos e suas necessidades podem ser imaginárias, induzidas pela propaganda, pela moda, pelas promoções de fim de semana. Você também acaba esquecendo que há crianças abandonadas, pobres morando nas ruas, pessoas famintas e doentes, e fica cuidando do seu dinheiro como se fosse Deus, fechando os olhos sobre as necessidades do próximo.
O tema convida a todos a se libertarem da dependência dos bens materiais. A porem a sua confiança em Deus. A fugir da ganância e do egoísmo. A cultivar sentimentos de fraternidade. A contribuir com o seu trabalho e os seus bens, para a construção de um mundo mais justo e solidário.

Entre outros subsídios:
CF/2010 - CD com as Músicas da CF - Economia e Vida
CF/2010 - ABC da fraternidade
CF/2010 - Fraternidade viva (texto base simplificado)
CF/2010 - Manual (acompanha DVD oficial)
CF/2010 - Vigília Eucarística e Celebração da penitência

INFORMAÇÃO: Diretório da liturgia 2010 - Ano C - São Lucas - e da organização da Igreja no Brasil

A CNBB acaba de publicar o Diretório da Liturgia 2010.
Ano C - S. Lucas
Na Liturgia, ano C, seremos guiados pelo evangelista S. Lucas. Como lemos na introdução ao Evangelho de Lucas, na Bíblia da CNBB, “Lucas situa o Evangelho dentro da ‘história da salvação’, que abrange três épocas: o tempo da promessa (AT), o tempo do cumprimento (Jesus) e o tempo final, que é o tempo do anúncio pela Igreja, que está descrito nos Atos dos Apóstolos. Em todos esses momentos atua o Espírito Santo de Deus, na inspiração dos antigos Profetas, na força que impele Jesus, e na vida que inspira à Igreja.
Ano Litúrgico
Nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, no. 73, lemos: "O Ano Litúrgico ‘revela todo o mistério de Cristo no decorrer do ano, desde a encarnação e nascimento até à ascensão, ao pentecostes e à expectativa da feliz esperança da vinda do Senhor’.
1 Ele assim nos propõe um caminho espiritual, ou seja, a vivência da graça própria de cada aspecto do mistério de Cristo, presente e operante nas diversas festas e nos diversos tempos litúrgicos.
2 Em síntese, através do Ano Litúrgico, os fieis fazem a experiência de se configurarem ao seu Senhor e dele aprenderem a viver ‘os seus sentimentos’.
3 O Ano Litúrgico não apenas recorda as ações de Jesus Cristo, nem somente renova a lembrança de ações passadas, mas sua celebração tem força sacramental e especial efi cácia para alimentar a vida cristã . Por isso, o Ano Litúrgico como itinerário sacramental, torna-se um caminho pedagógico-espiritual nos ritmos do tempo".
16o. Congresso Eucarístico Nacional
Em 2010 realizaremos o 16º Congresso Eucarístico Nacional, nos dias 13 a 16 de maio, em Brasília. Participando das comemorações do jubileu de ouro da inauguração da Capital Federal, nossos olhos e corações se voltarão para as celebrações deste Congresso que terá como tema: "Eucaristia, Pão da unidade dos discípulos missionário" e como lema: "Fica conosco, Senhor!".

48a. Assembléia Geral da CNBB
O Congresso Eucarístico será precedido pela 48ª Assembléia Geral da CNBB, que também se realizará em Brasília cujo tema central versará sobre a Palavra de Deus na missão da Igreja. É importante que estejamos unidos num só coração, através da nossa oração pessoal e comunitária, na ação pastoral tão rica, variada e abundante das Dioceses.