1. O que diz o texto?
A missão primária da Igreja é anunciar o Evangelho de maneira tal que garanta a relação entre a fé e a vida tanto na pessoa individual como no contexto sócio-cultural em que as pessoas vivem, atuam e se relacionam entre si. Assim, a Igreja "procura transformar, mediante a força do Evangelho, os critérios de juízo, os valores determinantes, os pontos de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade que estão em contraste com a Palavra de Deus e o desígnio de salvação".
Portanto, quando falamos de educação cristã, entendemos que o mestre educa para um projeto de ser humano em que habite Jesus Cristo com o poder transformador de sua vida nova. Existem muitos aspectos nos quais se educa e entre os quais consta o projeto educativo. Existem muitos valores, mas estes valores nunca estão sozinhos, sempre formam uma constelação ordenada, explícita ou implicitamente. Se a ordenação tem Cristo como fundamento e fim, então essa educação está recapitulando tudo em Cristo e é verdadeira educação cristã; se não, pode falar de Cristo, mas corre o perigo de não ser cristã.
Desse modo se produz uma compenetração entre os dois aspectos. Quer dizer, não se concebe a possibilidade de anunciar o Evangelho sem que este ilumine, infunda alento e esperança e inspire soluções adequadas aos problemas da existência; muito menos que se possa pensar em verdadeira e plena promoção do ser humano sem abri-lo a Deus e anunciar-lhe Jesus Cristo.
A Igreja é chamada a promover em suas escolas uma educação centrada na pessoa humana que é capaz de viver na comunidade oferecendo a esta o bem que a Igreja possui. Diante do fato de que muitos se encontram excluídos, a Igreja deverá estimular uma educação de qualidade para todos, formal e não-formal, especialmente para os mais pobres. Educação que ofereça às crianças, aos jovens e aos adultos o encontro com os valores culturais do próprio país, descobrindo ou integrando neles a dimensão religiosa e transcendente. Para isso, necessitamos de uma pastoral da educação que seja dinâmica e acompanhe os processos educativos, que seja voz que legitime e salvaguarde a liberdade de educação diante do Estado e o direito a uma educação de qualidade para os mais despossuídos.
Desse modo, estamos em condições de afirmar que, no projeto educativo da escola católica, Cristo, o Homem perfeito, é o fundamento em quem todos os valores humanos encontram sua plena realização e, a partir daí, sua unidade. Ele revela e promove o sentido novo da existência e a transforma, capacitando o homem e a mulher a viverem de maneira divina, ou seja, para pensar, querer e agir segundo o Evangelho, fazendo das bem-aventuranças a norma de suas vidas. Precisamente pela referência explícita e compartilhada por todos os membros da comunidade escolar, a visão cristã - ainda que em grau diverso, e respeitando a liberdade de consciência e religiosa dos não cristãos presentes nela - a educação é "católica", pois os princípios evangélicos se convertem para ela em normas educativas, motivações interiores e, ao mesmo tempo, em metas finais. Esse é o caráter especificamente católico da educação. Jesus Cristo, pois, eleva e enobrece a pessoa humana, dá valor à sua existência e constitui o perfeito exemplo de vida. É a melhor notícia, proposta pelos centros de formação católica aos jovens.
Portanto, a meta que a escola católica se propõe com relação às crianças e jovens, é a de conduzir ao encontro com Jesus Cristo vivo, Filho do Pai, irmão e amigo, Mestre e Pastor misericordioso, esperança, caminho, verdade e vida, e dessa forma à vivência da aliança com Deus e com os homens. A escola o faz colaborando na construção da personalidade dos alunos, tendo Cristo como referência no plano da mentalidade e da vida. Tal referência, ao se fazer progressivamente explícita e interiorizada, ajudará a ver a história como Cristo a vê, a julgar a vida como ele o faz, a escolher e amar como ele, a cultivar a esperança como Ele nos ensina e a viver nele a comunhão com o Pai e o Espírito Santo. Pela fecundidade misteriosa dessa referência, a pessoa se constrói na unidade existencial, isto é, assume suas responsabilidades e procura o significado último de sua vida. Situada na Igreja, comunidade de cristãos, ela consegue com liberdade viver intensamente a fé, anunciá-la e celebrá-la com alegria na realidade de cada dia. Como conseqüência, amadurecem e parecem co-naturais as atitudes humanas que levam a se abrir sinceramente à verdade, a respeitar e amar as outras pessoas, a expressar sua própria liberdade na doação de si e no serviço aos demais para a transformação da sociedade.
A escola católica é chamada a uma profunda renovação. Devemos resgatar a identidade católica de nossos centros educacionais por meio de um impulso missionário corajoso e audaz, de modo que chegue a ser uma opção profética plasmada em uma pastoral da educação participativa. Tais projetos devem promover a formação integral da pessoa, tendo seu fundamento em Cristo, com identidade eclesial e cultural, e com excelência acadêmica. Além disso, há de gerar solidariedade e caridade para com os mais pobres. O acompanhamento dos processos educativos, a participação dos pais de família neles e a formação de docentes, são tarefas prioritárias da pastoral da educação.
Propõe-se que nas instituições católicas a educação na fé seja integral e transversal em todo o currículo, levando em consideração o processo de formação para encontrar Cristo e para viver como discípulos e missionários e inserindo nela verdadeiros processos de iniciação cristã. Ao mesmo tempo, recomenda-se que a comunidade educativa (diretores, mestres, pessoal administrativo, alunos, pais de família etc.), enquanto autêntica comunidade eclesial e centro de evangelização, assuma seu papel de formadora de discípulos e missionários em todos os seus estratos. A partir daí, em comunhão com a comunidade cristã que é sua matriz, promova um serviço pastoral no setor em que se insere, especialmente dos jovens, da família, da catequese e da promoção humana dos mais pobres. Esses objetivos são essenciais nos processos de admissão de alunos, em suas famílias e na contratação dos docentes. (DAp 331-338)
2. O que diz o texto para mim, para nós?
O texto sobre Educação Cristã nos diz:
- A missão primária da Igreja é anunciar o Evangelho de maneira tal que garanta a relação entre a fé e a vida tanto na pessoa individual como no contexto sócio-cultural em que as pessoas vivem;
- "procura transformar, mediante a força do Evangelho, os critérios de juízo, os valores determinantes, os pontos de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade que estão em contraste com a Palavra de Deus e o desígnio de salvação".
- o mestre educa para um projeto de ser humano em que habite Jesus Cristo com o poder transformador de sua vida nova.
- Esta Educação tem Cristo como fundamento e fim, recapitulando tudo em Cristo.
- Esta produz uma compenetração entre os dois aspectos. Quer dizer, não se concebe a possibilidade de anunciar o Evangelho sem que este ilumine, infunda alento e esperança e inspire soluções adequadas aos problemas da existência;
- não se pode pensar em verdadeira e plena promoção do ser humano sem abri-lo a Deus e anunciar-lhe Jesus Cristo.
- a Igreja deverá estimular uma educação de qualidade para todos, formal e não-formal, especialmente para os mais pobres. Educação que ofereça às crianças, aos jovens e aos adultos o encontro com os valores culturais do próprio país, descobrindo ou integrando neles a dimensão religiosa e transcendente.
- necessitamos de uma pastoral da educação que seja dinâmica e acompanhe os processos educativos, que seja voz que legitime e salvaguarde a liberdade de educação diante do Estado e o direito a uma educação de qualidade para os mais despossuídos.
- no projeto educativo da escola católica, Cristo, o Homem perfeito, é o fundamento em quem todos os valores humanos encontram sua plena realização e, a partir daí, sua unidade. Ele revela e promove o sentido novo da existência e a transforma, capacitando o homem e a mulher a viverem de maneira divina, ou seja, para pensar, querer e agir segundo o Evangelho, fazendo das bem-aventuranças a norma de suas vidas.
- a educação é "católica", pois os princípios evangélicos se convertem para ela em normas educativas, motivações interiores e, ao mesmo tempo, em metas finais. Esse é o caráter especificamente católico da educação. Jesus Cristo, pois, eleva e enobrece a pessoa humana, dá valor à sua existência e constitui o perfeito exemplo de vida. É a melhor notícia, proposta pelos centros de formação católica aos jovens.
- a meta que a escola católica se propõe com relação às crianças e jovens, é a de conduzir ao encontro com Jesus Cristo vivo, Filho do Pai, irmão e amigo, Mestre e Pastor misericordioso, esperança, caminho, verdade e vida, e dessa forma à vivência da aliança com Deus e com os homens.
- A escola católica é chamada a uma profunda renovação. Devemos resgatar a identidade católica de nossos centros educacionais por meio de um impulso missionário corajoso e audaz, de modo que chegue a ser uma opção profética plasmada em uma pastoral da educação participativa. Tais projetos devem promover a formação integral da pessoa, tendo seu fundamento em Cristo, com identidade eclesial e cultural, e com excelência acadêmica. - Propõe-se que nas instituições católicas a educação na fé seja integral e transversal em todo o currículo, levando em consideração o processo de formação para encontrar Cristo e para viver como discípulos e missionários e inserindo nela verdadeiros processos de iniciação cristã.
3. O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com toda a Igreja, a
Oração do Brasil na missão continental
Senhor, Deus da vida e do amor,
enviastes o vosso Filho
para nos libertar das forças da morte
e conduzir-nos no caminho da esperança.
Movei-nos pelo dom do vosso Espírito!
Fazei-nos discípulos,
comprometidos com o anúncio do Evangelho em nossa Pátria
em comunhão com a Missão Continental.
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